12 de março de 2022

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 Como sumir da internet quando você fez dela a sua casa? Puxa o plugue de vez? Vai sumindo aos poucos? Fica só no essencial? Spotify é essencial, eu preciso de música de vez em quando… Um Youtube também é gostoso demais.

E quanto aos seus amigos de internet. O que fazer: manda eles pastar? Deixa um “olha eu vou até ali quem sabe eu volto”? Não fala nada e fica que nem a Lari Manoela esperando talvez sentirem a sua falta? Como se fossem sentir

E o que fazer com os rastros que se deixa pelo caminho? Os tantos posts e tantos tweets e os tantos stories. Apaga tudo? Deixa pra posteridade? Só de pensar em apagar coisas me dá coisas. Sou arquivista de mim mesma 

Tá aí você já sumiu da internet. Largou sua morada de tantos anos. Pra onde você vai agora? Pro mundo offline, dãa. Mas você sabe lidar com esse mundo real? Tem pessoas reais, talvez você não vá gostar delas, talvez elas não gostem de você. Tem muitos problemas e agora eles são reais!! Quer mesmo encarar problemas reais? Dá pra postergar um pouco e ir pra algum lugar longe de tudo, tipo uma ilha deserta? Você tem grana pra ir pruma ilha deserta? 

Mas você precisa sumir sozinha? Não tem ninguém pra levar com você ou alguém que queira ir junto? Não sei. Até queria levar um ou outro mas no fundo sou eu e eu né? Então tem que ser só eu mesma. Dizem que nenhum homem é uma ilha mas parecem que as vezem me forçam a tal, ficam igual o pernalonga serrando a Flórida, aí eu fico a deriva…

17 de junho de 2021

Vanessa Tocha não curte certos ensaios

 

Eu inventei de ler 3 livros cheios de coisa ao mesmo tempo e parece que a minha cabeça vai fritar! Mas isso meio que me serviu de uma coisa. Todo esse lance de voltar a ler tá me servindo de coisas, pois eu tô vendo o que eu gosto ou não nessa retomada. E eu não venho gostando de ensaios. Parecem um compêndio de frases de outros livros com uma proposta de intervenção no final, parecendo uma redação do enem (uma que vai tirar no máximo 600. Cadê o domínio do tema proposto? cadê a coerência?)

Resista! - Jenny Odell

A minha primeira crítica vai pra quem inventou de transformar uma capa belíssima como a da versão original numa capa horrível e genérica daquelas que você encontra em qualquer livro de autoajuda.

puta merda, sabe?

A pessoa que fez isso destruiu o propósito triggerwarninguístico que a capa tinha: De dizer que de alguma forma ou outra tem ecologia no meio das coisa que o livro propõe. E eu odeio papo de ecologia. Eu não sou uma Ricardo Salles, não! Meu problema com a ecologia é com o tom do discurso, que sempre me soa chato e pedante, por mais importante que o assunto seja. Enfim, o livro chama o leitor pra uma recalibrada na sua atenção sobre as redes sociais, sejam as virtuais ou as reais, mesmo. Como um equilíbrio entre as hashtags e as rodas de conversa. E dá como exemplo focar na natureza que ronda a sua vizinhança, partindo da experiência dela como observadora de pássaros. Um livro bem interessante, quem curte papo de ecologia vai amar

Primeiro Amor - Ivan Turguêniev

A sinopse diz que o livro é um conto sobre a descoberta do primeiro amor, todos os sofrimentos de um adolescente apaixonado na Rússia do início do século 19 blá blá blá.. Como eu precisava de algo bobinho pra dar uma anuviada em tanto livro denso eu comprei. Na verdade esse livro fala sobre um pirralho de 16 anos que se apaixona a primeira vista por uma princesa falida de 21 e, cego de amor, não percebe que a menina é a maior piranha e golpista. Tá na cara dele que a garota é uma vadia e ele continua apaixonado; ela praticamente esfrega os machos na cara dele e ele continua betando. Daí que de toda uma horda de machos que tão na disputa ela meio que tem que escolher um e a resposta tava muito na cara e eu matei a charada antes da metade do livro. Pelo menos agora eu já posso dizer que eu li um russo...

5 de maio de 2021

Pensatas sobre coisas que eu li recentemente

 A minha ideia inicial era retomar o blog antigo, mas eu não poderia macular aquele que é o museu da minha pré adolescência tardia. por isso criei esse blog novo pra minha eu agora pós adolescente tardia. Agora vamos pro que interessa!


As pessoas aparentemente estão usando o tempo vago da pandemia pra fazer alguma coisa minimamente edificante. Eu decidi deixar de ser uma vagabunda rata de redes sociais (só um pouco) e voltar a ler. Outrora leitora voraz, pirralha que lia Agatha Christie e ouvia dos adultos "NOSSA VOCÊ LÊ AGATHA CHRISTIE!!!" sendo que pra mim era só um livro qualquer e eu não tinha a menor noção sobre autores famosos, conforme o tempo e a minha inclusão digital eu fui abandonando a leitura profunda e isso tava me deixando com a impressão de que eu fiquei pra trás no jogo intelectual, ainda mais vendo tanta gente no twitter que parece ser tão mais inteligente e com tão mais bagagem intelectual do que eu...

Eu tô ensaiando voltar a ler há bastante tempo, pelo menos desde 2015 quando eu comprei o meu primeiro Kindle. Mas aí eu queria encontrar o "momento perfeito" pra ler, o mais confortável e silencioso possível. Mas eu não moro no meio do mato, então a saída foi sentar a bunda no sofá, usar qualquer app de ruído branco no celular (eu uso o Portal, é de iOS), ligar o Kindle e ler. e foi assim que eu consegui ler TRINTA LIVROS de outubro/2020 pra cá!!

Agora eu vou dizer algumas coisas sobre as minhas leituras recentes, simplesmente porque eu sinto vontade de poder falar sobre minhas leituras com alguém já que nenhum dos meus amigos tá lendo nada. Há tanto a ser dito e eu preciso tanto me expressaaaAAAAA-


A Salvação do Belo - Byung-Chul Han

Vi num blog top e logo percebi que ele é meio que um apêndice de A Agonia do Eros. Achei bastante interessante. E um livro cujo qual eu não entendi nem 30% do que tá escrito nele (e é um livro de bolso!!) mas que me tocou bem. Me ajudou a entender os 5% que eu consegui assimilar de AADE, que foi um livro que eu li bem nas coxas porque eu não entendia nada. O lance do belo e do erótico - do belo ser algo que necessite certa distância e sofrimento e outras coisas que eu não sei explicar bem, lembre-se de que eu mal entendi 30% desse livro - é bem melhor explicado em ASDB do que em AADE, talvez se eu tivesse lido ASDB primeiro eu teria lido AADE com mais afinco (que é justamente o que eu estou fazendo agora 🤡)

O livro em 3 frases

  1. "liso" não foi uma boa escolha da tradução, mas eu não tenho ideia melhor então...
  2. erotismo = belo = distância = sofrimento (o webnamoro então deve ser a epítome do belo kkkk)
  3. é o quinto Han que eu leio, não entendo nada e mesmo assim fico com gosto de quero mais

Esse livro foi feito pra quem?

Gente que não entende ✨o que é o amor✨, gente doida pra entrar no vórtice mental alheio


A Caderneta Vermelha - Antoine Laurain

Um livro delicinha, descobri no insta da Kaffeina. Só é foda que eu peguei o de Kindle, e a formatação dele tava zoadaça, dificultou minha compreensão um pouco. É sobre um livreiro (mas não um livreiro da Fnac, um livreiro dono de livraria) divorciado e com uma filha meio despirocada que encontra uma bolsa de mulher no meio das ruas de Paris e tenta encontrar a dona, só que não tem nenhum artigo mais pessoal da moça a não ser a tal caderneta vermelha. daí é um show de desencontros, dramas, um meio de livro bem chato e um final digno de filme.

O livro em 3 frases

  1. Editoras, cuidado com a formatação dos deus livros pra kindle por favor
  2. E filha do protagonista é bem piradona mas é uma querida (na minha cabeça ela é a Rubi de peruca loira do último capítulo kkkk)
  3. comprei uma moleskine por causa da protagonista (não vermelha pq vamos com calma)

Esse livro foi feito pra quem?

Pirralhas francófilas (que vão se ferrar pq a pegada é mais adultinha), pessoas que curtem mistérios bobinhos, gente sem ideia do que escrever numa moleskine


Os Números do Amor - Helen Hoang

Eu realmente não lembro como esse livro chegou até mim, mas ainda bem que veio, porque eu tava num momento onde eu já tinha lido tanto livro denso (entre outros eventos nebulosos na minha vida) que a minha cabeça tava a ponto de fritar. Esse livro é um docinho apesar das cenas quentes, que tem um lado fofinho nelas. E basicamente um genderbender de Uma Linda Mulher. Conta a história de uma menina rica que tem Asperger, uma doença que dificulta o seu traquejo social. A mãe dela tá pressionando a garota a ter um namorado mas como, se ela não entende da arte da conquista? É aí que ela tem a brilhante ideia de contratar um garoto de programa, que é um fofo que só entra pra putaria profissional pra ajudar a mãe doente. É tudo muito fofo e muito safado também, mas tá tudo na medida perfeita!

O livro em 3 frases

  1. A tradução do título meio que matou a parada (o original é The Kiss Quocient)
  2. Eu só queria uma adaptação pra filme pqp netflix veja isso
  3. A peronagem principal é asiática mas eu não deixei de imaginar a Benê da malhação em algumas cenas do livro kkkk perdão

Esse livro foi feito pra quem?

Gente que mistura romance com safadeza, estudiosos amadores do asperger sobretudo em relacionamentos, fãs das five


Bom, é isso. Nossa, como me sinto mais aliviada!!


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 Como sumir da internet quando você fez dela a sua casa? Puxa o plugue de vez? Vai sumindo aos poucos? Fica só no essencial? Spotify é essen...